Na ilha da Gran Canaria encontra-se o maior jardim botânico de Espanha e considerado um dos melhores do mundo, pela variedade de espécies que aqui existem. A área deste jardim é de respeito, são 27 Hectares repletos de plantas, com destaque para a flora autóctone, alguma dela em perigo de extinção.
Aqui pode-se apreciar além da flora endémica das Canárias, vegetação das restantes ilhas da Macaronésia, a Madeira, os Açores e Cabo Verde, tendo portanto algumas espécies já bem nossas conhecidas.
Aqui pode-se apreciar além da flora endémica das Canárias, vegetação das restantes ilhas da Macaronésia, a Madeira, os Açores e Cabo Verde, tendo portanto algumas espécies já bem nossas conhecidas.
Cactos e palmeiras, pinheiros e dragoneiros, são algumas das mais de 500 espécies que por aqui proliferam, numa zona com um desnível ainda notório. O barranco de Guiniguada corta este espaço a meio, seguindo o seu caminho até Las Palmas, a capital. barrancos não faltam aqui pela Gran Canaria!! Preparem-se para um bom par de horas no meio de vegetação exótica, e ficarem a conhecer este belo Jardim.
O início!
Busto de Viera y Clavijo
A história do Jardim Botânico Canário, começa no séc. XVIII, pela vontade de Viera y Clavijo de fundar um jardim botânico. Eclesiástico, botânico e professor, Viera y Clavijo que escreveu entre outras obras a Historia general de las Islas Canarias, foi uma das mais proeminentes figuras da história destas ilhas, tendo sido baptizado este jardim com o seu nome.
Em 1952 começa a tomar forma esse projecto, pela mão do botânico sueco Eric Ragnor Svensson, (posteriormente adoptou o nome Eric Sventenius), e a ideia de juntar num local uma amostra de toda a flora das Ilhas Canárias, com o máximo de autenticidade. Uma tarefa hercúlea, que encontrou em Tafira, no norte da ilha o seu local de implantação. Sete anos de árduo trabalho depois, em 1959, abre finalmente as portas ao público.
Foi director até 1973, ano da sua morte, num trágico acidente de tráfego perto do Jardim. Como este era o seu grande amor de vida, e como seria o seu desejo, foi enterrado aqui, estando a sua sepultura no centro do Jardim. Uma bela história de amor, não acham?
O Jardim está implantado numa encosta, tendo duas entradas. Os acessos ao jardim podem ser feitos pela GC-110, desde Vegueta na direcção Tafira, onde está a entrada superior, ou pela GC-310, a entrada inferior. O nosso trajecto inicial seria aceder pela entrada inferior, mas como a geografia e o relevo da Ilha favorecem as derrocadas, a estrada da GC-110 para a GC-310 estava cortada. Demos meia volta, e fomos pela entrada superior.
A parte superior é constituída por carreiros e caminhos de pedras um pouco irregulares, e será importante levar calçado apropriado. Não será assim muito difícil, mas é preciso ter atenção, porque para torcer um pé é um instante. Uma placa com o mapa do jardim e um restaurante (que não visitámos) marcam o início do percurso.
As vistas são fantásticas, e consegue-se ter uma visão global de todo o Jardim, ou quase todo. O barranco de Guiniguada está perfeitamente camuflado no meio de tanta vegetação, e só na passagem pela ponte para o Jardim de Cactos e Suculentas é que nos apercebemos que ele lá está. Nesta altura, estava completamente seco!
Os caminhos, como já referimos, são para fazer com atenção, e não raro surgem placas de aviso de perigo de derrocada. Sim, pode acontecer, por isso é que elas estão lá!
A maior parte dos caminhos não tem protecção, sendo balizados pelas imensas árvores e plantas que aqui encontraram a sua casa.
A vegetação não tem aquele verde que estaríamos à espera, e há zonas que podiam estar mais tratadas ou limpas. Quando dizemos limpas, não é de lixo inorgânico, mas sim de folhas no chão, criando um manto bem espesso, como na zona do El Pinar. Ficámos sem saber se é propositado, para mostrar exactamente como é a paisagem natural das Canárias, ou se algum desleixo. Vamos acreditar que seja a primeira hipótese, porque realmente lixo, lixo, não vimos.
A seca também se nota aqui nas Canárias, e provavelmente na época das chuvas (aqui são sempre poucas), ficará com outras tonalidades mais verdes!
Em 1952 começa a tomar forma esse projecto, pela mão do botânico sueco Eric Ragnor Svensson, (posteriormente adoptou o nome Eric Sventenius), e a ideia de juntar num local uma amostra de toda a flora das Ilhas Canárias, com o máximo de autenticidade. Uma tarefa hercúlea, que encontrou em Tafira, no norte da ilha o seu local de implantação. Sete anos de árduo trabalho depois, em 1959, abre finalmente as portas ao público.
Foi director até 1973, ano da sua morte, num trágico acidente de tráfego perto do Jardim. Como este era o seu grande amor de vida, e como seria o seu desejo, foi enterrado aqui, estando a sua sepultura no centro do Jardim. Uma bela história de amor, não acham?
O Jardim
O Jardim está implantado numa encosta, tendo duas entradas. Os acessos ao jardim podem ser feitos pela GC-110, desde Vegueta na direcção Tafira, onde está a entrada superior, ou pela GC-310, a entrada inferior. O nosso trajecto inicial seria aceder pela entrada inferior, mas como a geografia e o relevo da Ilha favorecem as derrocadas, a estrada da GC-110 para a GC-310 estava cortada. Demos meia volta, e fomos pela entrada superior.
A parte superior é constituída por carreiros e caminhos de pedras um pouco irregulares, e será importante levar calçado apropriado. Não será assim muito difícil, mas é preciso ter atenção, porque para torcer um pé é um instante. Uma placa com o mapa do jardim e um restaurante (que não visitámos) marcam o início do percurso.
As vistas são fantásticas, e consegue-se ter uma visão global de todo o Jardim, ou quase todo. O barranco de Guiniguada está perfeitamente camuflado no meio de tanta vegetação, e só na passagem pela ponte para o Jardim de Cactos e Suculentas é que nos apercebemos que ele lá está. Nesta altura, estava completamente seco!
Os caminhos, como já referimos, são para fazer com atenção, e não raro surgem placas de aviso de perigo de derrocada. Sim, pode acontecer, por isso é que elas estão lá!
A maior parte dos caminhos não tem protecção, sendo balizados pelas imensas árvores e plantas que aqui encontraram a sua casa.
A vegetação não tem aquele verde que estaríamos à espera, e há zonas que podiam estar mais tratadas ou limpas. Quando dizemos limpas, não é de lixo inorgânico, mas sim de folhas no chão, criando um manto bem espesso, como na zona do El Pinar. Ficámos sem saber se é propositado, para mostrar exactamente como é a paisagem natural das Canárias, ou se algum desleixo. Vamos acreditar que seja a primeira hipótese, porque realmente lixo, lixo, não vimos.
A seca também se nota aqui nas Canárias, e provavelmente na época das chuvas (aqui são sempre poucas), ficará com outras tonalidades mais verdes!
Cactos e Suculentas
Os cactos e suculentas têm uma área reservada aqui no JBVyC. Atravessando a ponte por cimo do barranco de Guiniguada, entrámos na zona reservada a estes tipos de plantas, tão comuns nesta zona. E algumas deixaram-nos de boca aberta!
Este Jardim é imensamente importante para a flora da Canárias. O seu papel na conservação da flora e nos planos de recuperação das espécies ameaçadas é fundamental, e também no surgimento de outros projectos, como por exemplo na Reserva da Biosfera da Gran Canaria. Pela sua importância, é objecto de visitas por parte dos alunos das Universidades e centros escolares. Ensinar para preservar é preciso!
Vale a pena a visita, claro está!
Mais sobre o Jardim:
Dica:► Levar calçado confortável, de preferência sapatilhas!
Acessos: De Vegueta (Las Palmas), tomar a GC-110, direcção Tafira Alta (10 km)
►http://www.jardincanario.org/como-llegar
►http://www.jardincanario.org/como-llegar
Entrada: Livre
Horário: Das 9h às 19h (de 1 de Outubro a 31 de Março: até às 18h)
Restaurante/café: sim, na entrada superior
WC: sim, gratuito
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