Cuba: Monumentos, Mojitos e Daiquiris!!

Setembro de 2017. É chegado o tão esperado período de férias! Entre as várias opções postas em cima da mesa, a escolha recaiu (novamente...) em Cuba. Os preços dos vôos estavam a um preço apetecível, e com um pouco de elasticidade, conseguíamos fazer 10 noites em Cuba, em vez das usuais 7 noites que os programas de férias oferecem. Realmente, as 7 noites, para a distância percorrida, deixam sempre um sabor a pouco, e com um pouco mais de tempo, poderíamos gastar um ou dois dias a conhecer um pouco mais deste País. 


Já tinhamos estado em Cuba em 2013, sendo esta a minha 5ª vez, e a 2ª da Ana, o que nos ajudou, visto já conhecermos um pouco do país, maneiras e costumes. Havana sempre nos apaixonou, com a sua história, monumentos e cultura, e Varadero, com o seu mar que é realmente único no Caribe, é realmente A Nossa Praia!!!

Aqui irei referir alguns pontos de interesse e dicas para os viajantes, para ajudar quem vai visitar Cuba. Em relação a Havana, e para quem ficar lá hospedado, as opções normais e mais fáceis serão comprar um tour, ou pela agência onde vão, ou nos vários guias que pululam por lá. Para quem pretende fazer as coisas à sua maneira,  partilho aqui a minha experiência e opinião, que pode facilitar em alguma coisa! :)

No fim deste post, encontram mais informações sobre a viagem e o país.

Preparativos: Vôos, alojamentos e... Irma (↗)!

Como de costume, recorri aos serviços da minha amiga Carla, da Turitropical(↗), para me ajudar nas reservas e disponibilidades de alojamento. e, como de costume, correu tudo sobre rodas!  Vôos marcados, Hotéis reservados, já só faltava chegar a data. Mas a partir de dia 2 ou 3 de Setembro, as campainhas de alarme de furacão começaram a soar com toda a força. Estava a formar-se aquele que foi o maior furacão formado e registado na bacia Atlântica...

Embora nestas épocas esteja sempre atento a estes fenómenos, para que não haja (muitas) surpresas no período de férias, a Carla ligou-me a perguntar o ponto da situação, e o que é que eu pretendia fazer. Cancelar o destino era uma possibilidade, visto que a trajectória do Irma(↗), que inicialmente iria passar um pouco mais longe de Cuba, se alterou, acabando por fazer uma rasante à zona costeira, e fazer mais estragos do que os previstos. 

Felizmente para nós, após a passagem dia 8 e 9 de Setembro pelo território Cubano, as àreas mais afectadas e que ficaram com as infra-estruturas destruídas, foram os Cayos (ilhas) que 'defenderam' a ilha a oriente. As confirmações via e-mail por parte dos Hotéis para onde íamos que estavam a funcionar quase a 100%, tranquilizaram-nos, e mantivemos os planos iniciais! Cuba, aí vamos nós!!

A Viagem

A viagem decorreu às mil maravilhas. Os vôos, que tantas vezes nos obrigam a longas esperas nos aeroportos, este ano encaixaram na perfeição. Quando chegamos à porta de embarque, apercebemo-nos que iríamos ter um voo tranquilo a nível de passageiros, devido provavelmente a cancelamentos por causa do Irma. 95 passageiros em 276 foram os que embarcaram! :). O avião foi também uma estreia, o novo Boeing Dreamliner 787-8 da Air Europa! Dos melhores que já viajamos, com conforto e bom espaço entre bancos, display interactivo, com selecção de musicas, filmes, séries (já começa a ser um standard em algumas companhias), e com a possibilidade de visualizar via 'google maps', onde nos encontrávamos, a janela que queríamos escolher para saber o que estava à esquerda ou à direita, etc., e informação sobre alguns dos destinos da Air Europa. Só mesmo como reparo, a questão de não ter apoio para os pés, que numa viagem deste tipo, é bem preciso!! 

Barajas, Madrid

À porta de entrada para embarcar para Havana!

Invulgarmente vazio. o Irma afastou muita gente!

Ora aqui está um serviço que pode ser útil!

Touchscreen...

Wi-Fi...

Menu de selecção

Um gin para a viagem!

As novas janelas do Boeing, sem cortina, uma já completamente escura!

Espaço à farta...

A sobrevoar as Bahamas

Toda a informação no monitor.

Cuba!

Já cá estamos...

Destino: Havana!

E cá estamos nós em Havana! Chegados ao aeroporto, primeira tarefa: levantar dinheiro! A ATM que existia no interior do Aeroporto, agora encontra-se num edifício no exterior, mesmo em frente à porta de saída. Logo à saída, fomos abordados por várias pessoas a oferecer táxi. Perguntei o preço para o Hotel, e 25CUC foi o valor apresentado, o normal. Aqui, como em outros países que já visitei, os preços são tabelados, dependendo da zona para onde se vai. Diferente dos nossos aeroportos, onde cada taxista cobra o que quer, fazendo viagens de 10 minutos durar 30, como estamos habituados a ver inúmeras vezes queixas nos jornais e Televisões. A abordagem é feita não por o taxista, mas sim por um funcionário (ou da empresa ou do aeroporto, não sei precisar...), que chama então o táxi para a porta de saída. Fácil e sem truques!

Primeiro jantar no La Terraza, pertinho do Plaza Hotel onde ficamos. Com uma localização privilegiada, no Parque Central, este Hotel que é dos mais antigos de Havana, serviu para nos alojar nas 3 noites que por cá ficamos com alguns pormenores que surgiram, devido ainda ao já falado Irma. 


Dica: Para quem for a primeira vez a Havana, e ficar lá hospedado, pode utilizar o Havana Bus Tour Hop on/Hop Off (↗), que com as suas 3 rotas, percorre Havana de uma ponta a outra. Devido à passagem do furacão Irma, e porque o Malecón estava fechado, desta vez não o utilizamos (não estavam a ser efectuados os Tours), como tínhamos feito em 2013. Os preços variam entre os 5CUC e os 10 CUC, e podem ver através do site no link os horários. Este Bus existe também em Varadero.

Aproveitamos para percorrer então um pouco desta cidade a pé e de bicitáxi, quando as distâncias assim o exigiam, ficando a conhecer um pouco mais deste destino. Já com a ideia de conhecermos alguns pontos específico, lá fomos nós!

Dos vários locais que aqui falo, faltam alguns que já conhecíamos da viagem anterior, mas que são de visitar também, e outros que aqui faltarão:


- Museu da Revolução e memorial Granma (↗) - Situado a meio do Paseo de Marti, à direita quem desce, conta a história da revolução cubana. 
Horário: Das 9h30 às 16h00

- Plaza de La Catedral (↗) - Fica logo abaixo da Bodeguita del Medio (↗), e, como indica o nome, é aqui que fica a Catedral de Havana

- Plaza de la Revolución (↗) - No centro está o Memorial de José Martí, fundador do Partido Revolucionário Cubano, e mártir da Independência de Cuba em relação a Espanha. José Martí é um ícone de Cuba por isso mesmo, e está imortalizado em estátuas por todo o país. Nesta praça estão também os Ministérios do Interior e Comunicações, que na fachada exibem a imagem de Che Guevara e de Camilo Cienfuegos, dois dos maiores heróis da revolução.

- Capitólio (↗) - inspirado no Capitólio de Washington, foi sede do governo depois da revolução de 1959. Ainda se encontra em obras, e portanto, ainda não se pode visitar, mas podem-se tirar umas belas fotos do exterior

- Malecón (↗) - Esta marginal estende-se por 8 km, e é um dos cartões de visita de Havana. Pela noite, é bastante movimentada, e o pôr do sol é sem dúvida algo de espectacular!

Alunos na aula de educação física, no Paseo de Martí

Bicitáxi ao serviço!

Ao fundo, a cúpula do Museu da Revolução

Museu da revolução

Pequeno almoço no terraço do Plaza Hotel

Edifício Bacardi: o morcego no topo!

Alunos em aula no exterior, Prado Y Colón (Paseo de Marti)

Ele está em todo o lado!

Bicitáxi on tour

Novo hotel em construção, no final de Prado Y Colón

Casamento na Plaza de La Catedral

-'Fotos no!!', foi a indicação desta professora!

Bienvenidos a... 😄

Exterior do Museu da Revolução

Memorial Granma

Pela rua da ... 😄

La 5ª! 'Fidel passava por aqui!', dizia o nosso taxista!!

O capitólio, ainda em obras

Pavilhão Kid Chocolate, construído para os Jogos Pan-Americanos de 1991

Estátua de José Martí, Parque Central

O Hotel Plaza, onde ficamos instalados

Hotel Nacional (↗)

Sobranceiro ao Malecón (↗), encontramos o Nacional. Hotel de imenso prestígio e cheio de história, é um ponto de passagem obrigatório, para apreciar a sua bela arquitectura e os seus jardins que proporcionam uma vista privilegiada da zona do Malecón (↗). Beber um mojito no bar dos jardins é sentir Cuba! No Hall de entrada, estão expostos vários quadros e fotografias da época da revolução.  O Hotel inclui também o famoso Cabaret Parisien (↗). Obrigatório!

Dica: Aproveitem para beber um Mojito (6CUC) refastelados nas poltronas, e apreciar a vista para o Malecón

A caminho!

 Hotel Nacional

Hotel Nacional! É deste tamanho assim!

hall de entrada 

Os jardins do Nacional

Vista para o Malecón

Malecón!

Panorâmica do jardim do Hotel Nacional

O belo do Mojito!

Salud!

Entrada do restaurante, lindo!

Museo del Ron Havana Club 

Aqui se conhece a história do melhor Rum de Cuba, todo o processo de fabrico, até chegar ao nosso copo. É explicada também a história do rum, desde o tempo dos escravos até aos nossos dias. As visitas custam 7CUC por pessoa, e incluem um 'trago' de rum no final. Está situado quase em frente ao Terminal Portuário de Sierra Maestra. De salientar a maquete de uma fábrica de produção de Rum, que é realmente espectacular. Vale a pena conhecer!

Quem tocar o sino, paga a rodada!!

O antigo e o novo

Maquete do processo de transformação da cana de açúcar e produção de Rum

O caminho de ferro!

Para a criança que temos dentro de nós... 😃

Ao pormenor!

Maestros roneros!

Bar do museu

Un trago de ron!

O plantel completo!

350...

... e 1700! Ouro líquido!!

A provar uma Guaravana: Sumo de laranja, extracto de cana, acúcar e Rum!

Terminal de Sierra Maestra

Viúva Lamego, presente em imensos azulejos em Havana!

Museo de la Farmacia Habanera La Reunión

Aqui podemos ver como era uma farmácia de outros tempos. Convertida em museu em 2004, é um espaço lindíssimo, cheio de objectos de outros tempos em exposição. Encontramos este local por acaso, num dos passeios a pé que fizemos pelas ruas de Havana. Vale a pena conhecer e tirar umas fotografias!

Muse da Farmácia La reunión

Cristo de La Habana

Á boa maneira Portuguesa, uma excursão ou visita tem que ter marcos religiosos, seja uma capela ou igreja, ou neste caso, uma estátua de Jesus Cristo. O Cristo de Havana encontra-se no alto de um monte do lado de lá da baía de Havana, próximo da Fortaleza de San Carlos de La Cabaña. Apanhamos um ferry até Casa Blanca (5/10 min, 1 CUC/pessoa por viagem), e fizemos o percurso a pé até ao alto do monte, debaixo de um sol infernal. A vista é soberba, e permite-nos ter uma melhor noção do tamanho da cidade de Havana. Ao lado temos um museu do Che, e um parque municipal, que se encontrava fechado quando lá fomos. É uma visita que se não for feita, não se perde nada, fica ao critério de cada um!

O ferry para Casa Blanca

A caminho!

Vista do terminal de Sierra Maestra do alto de Casa Blanca

O Empress of the Seas, Royal Caribbean, de visita a Havana

Museu de Che Guevara

O Cristo-Rei

Plaza Vieja

Esta praça, típicamente à espanhola, na época colonial, era a praça onde se efectuavam execuções, touradas, 'fiestas' e afins, para deleite dos ricos, que podiam apreciar tudo isto das suas varandas. Teve vários nomes ao longo da história, inicialmente sendo Plaza Nueva. Em tempos mais próximos (séc xviii), tornou-se num mercado, até à criação do Mercado Novo, sendo então alterado o nome para Plaza Vieja. No centro existe uma  fonte de mármore de Carrara, rodeada por 4 golfinhos, que foi destruída nos anos 30 pelo presidente Gerardo Machado. Desde que Havana foi declarada património mundial da Unesco, está em reconstrução. Nesta praça existem já várias marcas de roupa representadas nas lojas que a circundam, Pepe, Adidas, etc.

Aqui encontram-se algumas tabernas e cafés com esplanadas, para tomar uma bebida e comer, ao som das bandas que se mostram ao público nesta praça. A visitar!

Comer e beber!

La Terraza

Este restaurante foi onde jantamos na primeira noite em Havana. Situado muito próximo do nosso Hotel, no passeio de Marti (ou Prado), está no último piso da Asociación Asturiana, que compreende 4 pontos distintos para comer: La Terraza, El Gijonés, El Oviedo e El Asturias, sendo o La terraza no piso superior, e o El Asturias no piso inferior, ficando os outros pisos cada um com seu restaurante. Começando por um belo Daiquiri para matar saudades, pedimos um chuleton de cerdo para 'compartir' (muito bom e bem servido), sempre acompanhado de cerveja cristal bem gelada! Este restaurante não é dos mais baratos, mas o local e o atendimento valem o preço, que passou pouco dos 50 CUC, já com os 10% de propina, que agora está a ficar moda em Havana. A visitar.

O primeiro daiquiri!

Hall de entrada do La Terraza

La Fermínia (↗)

Este é o meu restaurante de eleição em Havana! Foi o primeiro restaurante em que jantei na primeira vista a Cuba, e sempre que fui a Havana, foi ponto de paragem obrigatória! Está situado na zona (mais) nova de Havana, em Miramar, numa zona de vivendas coloniais, como é o caso do La Fermínia. Reaproveitado para restaurante no pós-revolução, o espaço é lindíssimo e muito bem cuidado, sendo constituído por várias salas de refeição. A nossa escolha foi comer na esplanada (coberta, com ventoinhas no tecto), com vista para o lindo jardim que rodeia a casa. 

Aqui a especialidade é o Rodízio de carnes, mas os pratos cubanos são presença forte e obrigatória na ementa. Muitíssimo bem atendidos pelo Ivan, que se mostrou extremamente prestável (pedi para por música cubana, mandou chamar um trio para tocar para nós!), terminamos o almoço a fazer uma visita por todas as salas do restaurante, guiados pelo Ivan!

Este é realmente um restaurante de paragem mais que obrigatória, não só pela boa comida, pelos preços acessíveis (53CUC com gorjeta, porque comemos rodízio...), mas também pela beleza da casa e da zona onde está situada. O trajecto até lá é pela 5a Avenida, passando também pela zona das embaixadas, sendo de destacar a da Rússia, que é fenomenal. A viagem até lá, se for num táxi dos antigos, ou num táxi 'pirata', fica nos 10CUC por trajecto (convém marcar o preço com o taxista antes de arrancar), e poderá ir até aos 20CUC, se for nos novos (os amarelos da Cuba Taxi), como me chegaram a pedir. 

Booom!!!

'Cerveza Cristal, a preferida de Cuba!'

O jardim do La Fermínia

O trio cubano que o Ivan foi chamar de propósito para nós!

Ao vivo!!!

Sai rodízio!!!

No fim, colocaram-nos o livro de sugestões

Na abertura do restaurante, a equipa era imensa!!

Uma das salas que compõe o La Fermínia

Steven Spielberg de visita a La Fermínia

Este piano já deve ter acompanhado algumas personagens famosas!

Cada sala com seu estilo!

O Ivan a fazer de cicerone!

Embaixada da Rússia

El Floridita (↗)

Local incontornável de Havana, aqui bebem-se os melhores daiquiris do mundo, ao som de ritmos de Cuba! Local de paragem de Ernest Hemingway, durante os anos que esteve em Havana. A estátua ao balcão eternizou-o como ícone deste bar e restaurante. Imperdível!

A banda residente ao vivo!

Bodeguita del Medio (↗)

Outro local de passagem e paragem obrigatória em Havana. Famosa pelos seus Mojitos, que eram muito apreciados pelo já falado Hemingway. A frase 'My mojito in La Bodeguita, my daiquiri in El Floridita', escrita por ele na parede, acrescentou fama a este bar e restaurante. No 1º piso pode-se ver uma pintura de Hemingway com Nicolás Guillén (↗), poeta e seu companheiro de tertúlias. Os mojitos são excelentes, e estão sempre vários copos prontos para servir os muitos turistas que por aqui passam. As paredes contam histórias de outros tempos, e as assinaturas lá feitas, são marca registada da casa! Sempre com bandas de música cubana a actuar, é de experimentar a comida crioula, que tão bem feita é. De referir que o sucesso e a fama é tanta, que existem diversas Bodeguitas del Medio espalhadas pelo mundo! Obrigatória a visita!

Mojito!!

Produção em série...

Mojito e croquetas, uma delícia!!

Nicolas Guillén e Hemingway

Taberna de La Muralla (↗)

Esta taberna, situada na Plaza Vieja (↗), serve cerveja ao litro, ou em caneca também. Loura, ruiva ou preta, é só escolher. Aqui aproveitamos para almoçar uns espetos de porco acompanhados de cerveja ruiva, a que estava a sair mais. Com uma banda de 6 elementos, que nos encantou, e uma esplanada fantástica, aqui passamos um óptimo momento! Atendimento muito simpático, e preços bem acessíveis (13CUC por 4 cervejas + 4 espetos de porco). Ficamos clientes!

Paladar La Familia (↗)

Em Cuba, sê cubano! Foi com este espírito que fomos a este Paladar. Paladar é o termo usado em Cuba para designar os restaurantes montados por uma família na sua própria casa. Seria então, a melhor maneira de provar a gastronomia cubana, na sua forma mais pura. Infelizmente, a nossa opção não foi muito boa. Este Paladar funciona à comissão, ou seja, os cubanos interpelam as pessoas na rua, aconselhando-as a ir aqui comer, e no fim, lá levam a sua propina. No caso em questão, fomos nós que decidimos por este paladar, sem sermos levados lá por ninguém. Acabamos por comer bem, mas extremamente caro. Um prato montado para cada um (20CUC cada!!), algumas cervejas (presidente, cerveja dominicana, que era a única que havia...), e ficou a conta por 63CUC... Para uma casa familiar, metade do preço era o correcto. Fica aqui registado, para que não caiam no erro!

Varadero: A nossa Praia!

Dia 22 foi o dia de irmos para a nossa Praia: Varadero!! Pouco depois da hora marcada o autocarro chegou ao Hotel Plaza para nos levar para o Sol Sirenas Coral. A viagem é e foi tranquila, tendo a paragem do costume no Peñon del fraile, para beber uma Piña Colada, que para mim, e não sendo muito apreciador, a considero a melhor do mundo! o Peñon del fraile é portanto, o Manjar do Marquês de Cuba, sendo o arroz de tomate com filetes, a Pinã Colada! 😃

Sol Sirenas Coral (↗)

O Hotel escolhido foi o que tinhamos ficado em 2013, o Sol Sirenas Coral, em regime de TI. Hotel constituído por duas unidades, o Sirenas e o Coral, está situado na melhor zona de praia de Varadero, e a cerca de 2 km do centro. Tem loja de conveniência, onde se podem comprar desde 'recuerdos' a rum (os preços do rum são tabelados iguais em todas as lojas). 
Como a experiência tinha sido boa anteriormente, repetimos a dose!

Chegados ao Sol Sirenas Coral (↗), ficamos um pouco apreensivos com o estado do Hotel. O Irma tinha fustigado com força esta zona toda, partindo vidros e derrubando árvores. Os trabalhadores eram incansáveis na recuperação do Hotel, trabalhando 24H! Mas embora ainda houvessem algumas coisas que necessitavam de reparos e obras, o quarto estava impecável!

A Piscina tinha sido toda arranjada e pintada, e os bares de apoio estavam a funcionar normalmente. No caminho para a praia existem 3 barracas de souvenirs e artesanato, com coisas  muito giras! O bar da praia continua a ter a Mercedes e o Bruno para nos atenderem. Pena foi que o 'ranchón' da praia onde costumávamos almoçar não estar a funcionar, devido ao malfadado Irma!

Tudo foi feito pelo staff do Hotel para que estivesse tudo bem durante a estadia, embora alguns restaurantes temáticos estivessem fora de serviço, devido a obras. A sala de buffet principal em vez de ser a do Sirenas, como tinha sido da última vez, foi a do Coral, que ficou um pouco abaixo do que já conhecíamos do Hotel. 

No dia seguinte, a chegados à praia, ainda existiam muitas sombrinhas que estavam tombadas, mas que após 2 dias já tinham sido retiradas. A água do mar, essa, manteve-se limpa e cristalina, sendo realmente uma autêntica piscina!

Os dias foram passados pachorrentamente, entre mergulhos e banhos de sol, de manhã na praia, e à tarde na piscina! Férias são férias!!!

Dica: Existe em frente ao hotel um 'rent-a-motoreta' (pagamos 15CUC por 2h ), que é uma óptima opção para conhecer Varadero, de onde destaco:

-  Marina de Punta Hicacos

-  Delfinário (↗)

-  Mansion Xanadu (↗) - Antiga mansão de Du Pont (↗), agora transformado em Hotel e Golf

-  La Casa de Al (↗) - Antiga casa de Al Capone, que serviu para guardar muito álcool durante a lei seca. Mojitos excelentes, e uma vista fantástica, em cima da praia. Fica no início de Varadero, na Avenida Kawama

-  Calle 62 (↗) - Óptimo para sair à noite e dançar um pouco de salsa

-  Casa da música (↗) - Aqui passam as melhores bandas cubanas. o preço de entrada varia conforme a banda, mas ronda os 10CUC por pessoa

Montecristo!

Passeio de 'pedaletas'

O novo Hotel Internacional em construção

Happy!!!

Esplanada do Restaurante Casa de Al

De sáida para o jantar na Casa de los Cosmonautas!

O avião do Fidel, agora a ser conduzido pelo Raúl...:)

Asian dinner!

 Desayuno!!

Uma das várias palmeiras que foram arrancadas (ou o que resta..)

A finalizar as obras no telhado do lobby

Santa Clara, Trinidad e Cienfuegos: De um lado a outro de Cuba!

E como nem só de Sol e Praia necessita o corpo, e num país com uma História tão rica como Cuba, decidimos conhecer um pouco mais do território! A opção recaiu sobre fazer um Tour a Santa Clara (visita ao mausoléu de Che Guevara), Trinidad (Património da humanidade da UNESCO) e por fim, Cienfuegos! Embora não fosse o ideal pelas distâncias a percorrer num só dia (+/- 700km), foi por este que optámos por ser um pouco mais abrangente.

E chegado era o dia de fazermos o tour. Levantamo-nos bem cedo pela manhã, para estarmos na recepção às 7h, que era o horário de saída. Aproveitamos o bar 24h para comer alguma coisa, e levar uma garrafa de água de 1,5l.  A viagem iria ser longa (+/- 700km), mas valeu bem a pena! Eventualmente, o ideal seria fazer a viagem em 2 dias, pernoitando 1 noite em Trinidad, como havia a opção na compra do Tour. De qualquer das maneiras, sendo 1 ou 2 dias, é um passeio obrigatório para quem quiser conhecer um pouco mais de Cuba, que não só Havana e Varadero!

Pela viagem podem-se ver imensos campos de cultivo de Cana de açucar a perder de vista, que depois será aproveitada para fazer o famoso rum de Cuba. Como o açúcar por estas bandas também abunda, os cubanos são muito 'boleiros', e é comum ver pessoas com bolos em tabuleiros à venda. Na Autoestrada para Santa Clara, pasme-se, vimos 3 ou 4 pessoas com o tabuleiro na mão, a vender bolos, na faixa que separa os dois sentidos!! Charretes também são muito comuns para estas bandas, sendo um meio de transporte muito utilizado. 

Este Tour foi comprado na internet, na Cuba Travel Network (↗), ficou por 97€ por pessoa, com direito a uma refeição completa em Trinidad (com uma bebida),e foi operado pela Gaviota Tours. O Guia que no acompanhou era um profundo conhecedor de Cuba e dos locais que visitamos especificamente. Recomendado!

As charretes

Colibri nas tarefas diárias!

Santa Clara (↗)

Primeira paragem em Santa Clara, na província de Villa Clara. Aqui estão os restos mortais de Ernesto 'Che' Guevara, num mausoléu, e um museu dedicado à sua vida. Aqui sucedeu um dos episódios mais marcantes da revolução Cubana, onde Che e as tropas revolucionárias descarrilaram um comboio carregado de armas, munições e militares do regime de Fulgêncio Baptista. A batalha ocorreu no fim de Dezembro de 1958, e abriu caminho para a queda de Baptista, uma vez que Santa Clara era o último bastião do regime no caminho para Havana. No museu podem-se ver várias objectos relativos a esta batalha, como também pertences de Che Guevara.

No dia que aqui estivemos, encontramos tropas que treinavam para o 50º aniversário da morte de Che Guevara, a 9 de Outubro, morto na Bolívia por tropas do país.

Trinidad (↗): Tesouro Colonial

Chegamos então a Trinidad, depois de uma viagem que já ia longa. Trinidad fica na província de Sancti Spíritus, e é património mundial da UNESCO desde 1988, mantendo a arquitectura colonial quase intacta. As casas que aqui podemos ver, nos seus tons quentes de azul, amarelo e vermelho, eram pertença das famílias que controlavam a produção de açucar no vizinho Vale dos Engenhos. As suas ruas são íngremes e em empedrado, que dizem, serviam de lastro aos navios que aqui vinham carregar açucar!

Existem variadas opções de alojamento aqui, em casas devidamente identificadas, para quem quiser aproveitar ao máximo esta bela cidade. A chuva não nos permitiu fazermos um pouco mais de pesquisa pela cidade, mas o seu perfume fica aqui no ar...

O almoço em Trinidad

BdM, secção Trinidad! 😃

Uma boa maneira de economizar espaço!!

Cienfuegos (↗)

Capital da província com o mesmo nome, é uma cidade com influência francesa, já que foi a única cidade cubana que os franceses foram pioneiros. Cienfuegos começou a ser construída pelos imigrantes das colónias francesas, sempre com a autorização dos colonizadores espanhóis. O sua baía foi usada como porto comercial, e os seus terrenos férteis para produção de açúcar, café e tabaco. O centro histórico, que é património mundial da UNESCO, é exemplo desse toque francês.

A chuva estava para ficar, e a volta por Cienfuegos foi mesmo só uma volta, com paragem no Parque José Martí, onde se encontram vários monumentos históricos. Cidade bem cuidada e bonita, com uma baía lindíssima, e arquitectura colonial bem marcada, seja nos monumentos, seja nas vivendas e palacetes convertidos em hotéis, que circundam o malecón. Ficamos com pena do tempo não ajudar a vermos mais um pouco... Fica para uma próxima vez!!!

 Baía de Cienfuegos, vista do autocarro...

Teatro Tomás Terry

Estamos aqui!

José Martí, omnipresente!

Catedral da Puríssima Conceição

Um dos bons locais para beber mojitos!

 

A volta!

Sempre bem servidos pela Tropical(↗)!

À espera do avião para Madrid

Em resumo:

Cuba está um pouco diferente desde a (pequena) abertura que houve por parte dos EUA. O património e a História, esses permanecem imutáveis. O que já se pode sentir, principalmente em Havana, é a subida de preços, principalmente na Hotelaria. Os valores pedidos em muitos Hotéis estão francamente inflacionados, e a introdução em alguns restaurantes da propina de 10% na conta, é um reflexo disso mesmo. Não deixa de ser um fantástico destino, que é dos meus favoritos. 

Com um pouco de trabalho de casa e de imaginação conseguem-se fazer umas férias fantásticas! A Air Europa voa todos os dias para Havana, por valores bem simpáticos (este ano pagamos 660€, Porto-Madrid-Havana, ida e volta, mas chegou a estar abaixo dos 600€ (, depois do Irma ter passado por lá...), o que permite estender um pouco mais os dias de férias. 

As refeições, dependendo do que se quiser comer e beber, conseguem-se sem muita dificuldade por 30€-40€ para 2 pessoas ou menos, mesmo com os 10%. Por norma, os restaurantes têm a lista de preços à vista, ou funcionários com panfletos para entregar às pessoas.

Os transportes curtos poderão ser feitos de bicitáxi, os restantes de táxi ou de moto coco ( coco-loco, como eu lhe chamo). Perguntem sempre o preço, para não surgirem surpresas. Os táxis 'piratas' estão por todo o lado, e é uma opção bem mais em conta do que os 'amarelinhos' mais recentes.

Em todos os locais que há uma banda a actuar, é usual no final vir o cestinho para a propina, convém ter à mão moedas pequenas (25 cent ou 50 cent), se eventualmente quiser dar. Não é obrigatório, mas é de bom tom.

Cuba ainda continua muito fechado do resto do mundo, e mesmo com dinheiro no bolso, há coisas que os cubanos não têm acesso. Nos hóteis, é mais válido deixar no quarto no final da estadia pasta dos dentes ou sabonete, do que 5CUC ou 10 CUC. E Não vale a pena dar gorjeta em moedas de Euro, que não as conseguem cambiar!

O povo cubano é muito amistoso e hospitaleiro, mas atenção para não irem na 'conversa' fiada de alguns. Muito do que alguns dizem é para 'turista ver', e por vezes tocam-nos no coração com histórias dos filhos ou da família, que podem levar a gastar-se dinheiro mal empregue. Não pensem em dar propinas por tudo e por nada, só quando realmente for válido. As histórias dos charutos são um bom exemplo disso, desde virem 'desviados' da fábrica, a serem de uma cooperativa de trabalhadores, que não é folha de bananeira, etc, etc... E depois, pedem 80 CUC por uma caixa que por norma, se consegue entre 25 a 35 CUC, dependendo da marca e modelo. Em Havana o mais barato que me pediram foram 60CUC, enquanto em varadero, vieram-me oferecer, ao que eu disse que já tinha comprado em Havana por 30CUC. 'Mas traz para eu ver, que se calhar ainda compro outra caixa', atirei... Fechei o negócio por 25€, e toda a gente ficou contente!

Em Havana existem imensas lojas a vender recuerdos, os preços são todos similares. Havana é por excelência uma cidade de artistas plásticos. Existem pelas ruelas de Havana Vieja vários ateliers de pintura, com telas muito lindas a preços verdadeiramente bons!
Em Varadero, existem vários 'mercados de arte' ao longo da rua principal. Para o meio +/- existe um centro de artesanias(↗), que o maior problema será escolher o que comprar! 😃

Quem pretender fazer um 'detox' de internet, é aqui o local ideal! A que há, além de ser fraca, é paga. Na maior parte dos Hotéis vendem cartões de acesso a spots, mas não aconselho a comprar, gaste o dinheiro em mojitos, que é mais bem empregue!!😄😃

Para finalizar, os 25CUC que se pagavam à saída de Cuba, já não se pagam! Como já tínhamos o dinheiro de parte, gastamos tudo em rum e cigarros! Pode ser que outros países da zona Caribe sigam este exemplo, para nós viajantes era óptimo!!

Boas viagens!!

Dito isto, fica o agradecimento à Bradley Ⓡ (↗), que disponibilizou os pólos e calções de praia que usei nesta viagem! Categoria!!!

BradleyⓇ shorts

Infos da viagem:

Viagem e alojamento Havana e Varadero 

- Turitropical Viagens 

- tel: 255 862 800 

- e-m@il: carlabrandao@turitropical.com; rosariopinto@turitropical.com

- https://www.facebook.com/turitropical/

Tour Santa Clara, Trinidad e Cienfuegos

http://www.cubatravelnetwork.com/

Transfer

http://www.solwayscuba.com/
Se não conseguirem reservar o transfer de Varadero para o Aeroporto por autocarro (por vezes só aparece a opção Taxi), enviem e-mail para:
sales@solways.com

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