M.O.B. Lote 3
Uma das dificuldades que eu e a Ana temos quando vamos passear, é escolher o local para comer. Seja ao lanche, depois de um trilho por este nosso Portugal, seja para jantar, sentados a saborear o que de bom vamos tendo por este nosso Portugal.
Por norma, e mérito lhe seja dado, a Ana é que escolhe sempre o restaurante, munindo-se das informações recolhidas e publicadas no TripAdvisor. Desta vez, numa escapadinha que fizemos à Figueira da Foz, o eleito foi o Wine Bar Cristal.
O conceito do Cristal, como o nome o indica, é ser um Wine Bar. Este é um conceito que começa a ser uma aposta na área da restauração por Portugal. Há locais, por inerência da localização, em que é normal que surjam estas opções. O petiscar e beber um copo de vinho sempre foi um conceito muito português, as tascas estavam indubitavelmente ligadas a esta forma de servir. Do antigamente, tínhamos as mercearias, que vendiam arroz e massa ao balcão, e numa sala da parte de trás, os petiscos saíam para a mesa, tendo o vinho como companheiro. Pataniscas, sandes de presunto, iscas, e uma série de outros acepipes, que iam mitigando a fome, entre dois dedos de conversa, eram o que se servia. O vinho, esse, era o da casa. Do mais baratucho, que a sede era muita, e o dinheiro pouco.
Aqui no Cristal, o pressuposto base mantém-se. Dar de comer e de beber a quem cá vem. O vinho, esse, aqui tem o destaque principal, não fosse um Wine Bar! E que belo destaque!
O espaço é divido por 2 pisos, parecendo-me que o preferencial para uma visita mais demorada ao espaço fosse o do piso de cima. Aqui temos a garrafeira propriamente dita. Separada por um vidro da sala principal, provavelmente para estar devidamente climatizada, vemos aqui expostos alguns dos vinhos que se podem apreciar.
As mesas exibem os individuais, que aqui não há toalhas na mesa. Nas parede, partes de caixas de vinho completam a decoração, o que lhe dá um toque mais personalizado, e sempre se podem tirar umas ideias para o que pedir para beber.
A lista de vinhos é generosa e completa, tendo bastantes opções de várias regiões. Entre brancos, tintos e rosés, a nossa primeira escolha foi para um Altano branco (15€). A lista para petiscar é mais curta, não sendo reduzida, e se tiver alterações ao longo dos tempos, não está mal. É melhor ter uma lista curta, mas exequível, do que uma lista enorme, em que não se consegue manter a qualidade ou o tempo de resposta.
Mas atenção, que há muitas casas a caírem num erro crasso, manter os mesmos pratos tempos infinitos. Os clientes, se forem regulares, rapidamente se vão encher. É claro que este exercício tem que ser feito por quem comanda a casa e a cozinha, continuando, claro, os pratos que têm sempre saída, e substituindo aqueles que acabam por não cair nas boas graças dos clientes. Para nós, para já, está perfeito!
Começámos então por um queijo de chévre gratinado com mel e nozes e uns peixinhos da horta, para acompanhar o Altano branco. Muito boa escolha, irrepreensível a apresentação e o sabor.
As doses das tapas aqui no Wine Cristal bar são generosas, e o reparo na lista a explicar que para prato principal é conveniente cada pessoa escolher duas opções, está perfeito.
Passando os olhos pela lista, tínhamos para prato principal bife de lombo em 4 variantes de molhos. Pelo que olhámos para alguns dos pratos em volta, tinha um excelente aspecto. Mas não seria essa a nossa opção. Continuámos a ir picando!
Veio então a altura de passarmos para a carne! Dos petiscos que espreitámos, os crocantes de frango foram uma das escolhas, morcela e o estufado de javali com castanhas as outras. Como a carne pede um bom tinto, era a hora de pegar de novo na carta de vinhos!
Estávamos sentados colados à garrafeira, e fui apreciando as garrafas expostas. Um nome chamou-me à atenção: MOB!
Projecto conjunto de três pesos-pesados do Douro (Moreira - Quinta de La Rosa, Poeira; Olazabal - Quinta do Vale Meão; Borges - Wine & Soul, Pintas) , na Quinta do Corujão, região do Dão, uma garrafa do Lote 3 de 2015 foi a escolhida para acompanhar os pitéus. Este vinho mostrou-se à altura, novo mas com uns taninos excelentes, uma acidez no ponto, e um final de boca persistente, foi uma óptima escolha. Um grande vinho, sem dúvida!
Servem a copo (4,5€ se não me engano) ou à garrafa (19€)
Os crocantes de frango estavam secos e estaladiços como se pretende, e bem saborosos. Mas também aqui não há grande ciência, certo? Mas, e então o javali? Isso é que já é preciso ter um preparo cuidado, para que se consiga ter um bom prato. E este foi, claramente o melhor prato que provámos. A morcela estava também ao nível dos restantes pratos, mas a fome já não era muita, claro!😄😄
A comida é saborosa e muito bem confeccionada, e com um óptima apresentação, porque os olhos também comem.
O atendimento é rápido e simpático, toda a gente, menos quem nos recebeu na porta (soubemos depois ser o dono, o Sr. Ricardo), tem farda, e impecável. O Gonçalo, que foi cuidando de nós enquanto lá estivemos, embora novo, tem já em bom estofo a atender. À nossa pergunta no final onde havia um bar para ir tomar um copo, a resposta foi pegar no guarda-chuva (sim, este sábado chovia, e bem), e levar-nos à porta do bar. É assim que se ganham clientes, pela simpatia e disponibilidade que se põe no serviço, e é esse cada vez mais um factor diferenciador.
Chegámos sem reserva, a um sábado à noite, e conduziram-nos à sala superior, onde nos deram a escolher a mesa. Como somos 2, às vezes há restaurantes que nos indicam as mesas de casal. Não haveria problema, se em muitos desses lugares não teimassem em por mesas minúsculas, em que pouco mais de dois pratos cabem. Não é esse o caso aqui, e fomos, a nosso pedido para uma mesa de 4 lugares, sem problemas nenhuns.
A sala é pequena, mas não acanhada, e bastante confortável. Óptima mesma para quem quer dar duas de treta, beber um bom vinho, e saborear uns petiscos. Bom ambiente.
De visita obrigatória, que o Cristal da Figueira da Foz tem um brilho único.
Por norma, e mérito lhe seja dado, a Ana é que escolhe sempre o restaurante, munindo-se das informações recolhidas e publicadas no TripAdvisor. Desta vez, numa escapadinha que fizemos à Figueira da Foz, o eleito foi o Wine Bar Cristal.
O conceito
O conceito do Cristal, como o nome o indica, é ser um Wine Bar. Este é um conceito que começa a ser uma aposta na área da restauração por Portugal. Há locais, por inerência da localização, em que é normal que surjam estas opções. O petiscar e beber um copo de vinho sempre foi um conceito muito português, as tascas estavam indubitavelmente ligadas a esta forma de servir. Do antigamente, tínhamos as mercearias, que vendiam arroz e massa ao balcão, e numa sala da parte de trás, os petiscos saíam para a mesa, tendo o vinho como companheiro. Pataniscas, sandes de presunto, iscas, e uma série de outros acepipes, que iam mitigando a fome, entre dois dedos de conversa, eram o que se servia. O vinho, esse, era o da casa. Do mais baratucho, que a sede era muita, e o dinheiro pouco.
Aqui no Cristal, o pressuposto base mantém-se. Dar de comer e de beber a quem cá vem. O vinho, esse, aqui tem o destaque principal, não fosse um Wine Bar! E que belo destaque!
O espaço
O espaço é divido por 2 pisos, parecendo-me que o preferencial para uma visita mais demorada ao espaço fosse o do piso de cima. Aqui temos a garrafeira propriamente dita. Separada por um vidro da sala principal, provavelmente para estar devidamente climatizada, vemos aqui expostos alguns dos vinhos que se podem apreciar.
As mesas exibem os individuais, que aqui não há toalhas na mesa. Nas parede, partes de caixas de vinho completam a decoração, o que lhe dá um toque mais personalizado, e sempre se podem tirar umas ideias para o que pedir para beber.
A lista
Começámos então por um queijo de chévre gratinado com mel e nozes e uns peixinhos da horta, para acompanhar o Altano branco. Muito boa escolha, irrepreensível a apresentação e o sabor.
Este chévre, que luxo!
Passando os olhos pela lista, tínhamos para prato principal bife de lombo em 4 variantes de molhos. Pelo que olhámos para alguns dos pratos em volta, tinha um excelente aspecto. Mas não seria essa a nossa opção. Continuámos a ir picando!
Veio então a altura de passarmos para a carne! Dos petiscos que espreitámos, os crocantes de frango foram uma das escolhas, morcela e o estufado de javali com castanhas as outras. Como a carne pede um bom tinto, era a hora de pegar de novo na carta de vinhos!
Estufado de javali
Estufado de Javali
Crocante de Frango!
Morcela
Estávamos sentados colados à garrafeira, e fui apreciando as garrafas expostas. Um nome chamou-me à atenção: MOB!
Projecto conjunto de três pesos-pesados do Douro (Moreira - Quinta de La Rosa, Poeira; Olazabal - Quinta do Vale Meão; Borges - Wine & Soul, Pintas) , na Quinta do Corujão, região do Dão, uma garrafa do Lote 3 de 2015 foi a escolhida para acompanhar os pitéus. Este vinho mostrou-se à altura, novo mas com uns taninos excelentes, uma acidez no ponto, e um final de boca persistente, foi uma óptima escolha. Um grande vinho, sem dúvida!
Uma excelente aposta!
Servem a copo (4,5€ se não me engano) ou à garrafa (19€)
Os crocantes de frango estavam secos e estaladiços como se pretende, e bem saborosos. Mas também aqui não há grande ciência, certo? Mas, e então o javali? Isso é que já é preciso ter um preparo cuidado, para que se consiga ter um bom prato. E este foi, claramente o melhor prato que provámos. A morcela estava também ao nível dos restantes pratos, mas a fome já não era muita, claro!😄😄
Para finalizar...
Aqui claramente a aposta é nos bons vinhos. A carta dos mesmos, como já referi, é generosa, com a vantagem de ter bastantes vinhos a copo, privilegiando assim a possibilidade de se provar um bom vinho sem ter que comprar uma garrafa. Os preços são ligeiramente superiores ao preço corrente, e contêm algumas inconsistências. Vi por exemplo uma garrafa de vinho de 18€ com o custo de copo a 4,5€, e outra garrafa com um custo de 19€, e o copo de vinho a 4€.A comida é saborosa e muito bem confeccionada, e com um óptima apresentação, porque os olhos também comem.
O atendimento é rápido e simpático, toda a gente, menos quem nos recebeu na porta (soubemos depois ser o dono, o Sr. Ricardo), tem farda, e impecável. O Gonçalo, que foi cuidando de nós enquanto lá estivemos, embora novo, tem já em bom estofo a atender. À nossa pergunta no final onde havia um bar para ir tomar um copo, a resposta foi pegar no guarda-chuva (sim, este sábado chovia, e bem), e levar-nos à porta do bar. É assim que se ganham clientes, pela simpatia e disponibilidade que se põe no serviço, e é esse cada vez mais um factor diferenciador.
Chegámos sem reserva, a um sábado à noite, e conduziram-nos à sala superior, onde nos deram a escolher a mesa. Como somos 2, às vezes há restaurantes que nos indicam as mesas de casal. Não haveria problema, se em muitos desses lugares não teimassem em por mesas minúsculas, em que pouco mais de dois pratos cabem. Não é esse o caso aqui, e fomos, a nosso pedido para uma mesa de 4 lugares, sem problemas nenhuns.
A sala é pequena, mas não acanhada, e bastante confortável. Óptima mesma para quem quer dar duas de treta, beber um bom vinho, e saborear uns petiscos. Bom ambiente.
De visita obrigatória, que o Cristal da Figueira da Foz tem um brilho único.
Piso Superior - foto © Cristal Wine Bar
De Cristal:
- O atendimento
- Boa lista de vinhos a copo
- Qualidade e quantidade da comida
- Apresentação dos pratos
- Apresentação dos pratos
De vidro:
- Guardanapos de papel. Uma casa destas justifica guardanapos de pano, ponto!
Cristal Wine Bar
Rua Drº Calado Nº24 ( ao lado esquerdo da porta principal do casino)
3080 Figueira da Foz
Tel: 233 043 8373080 Figueira da Foz
Fb: Wine Bar Cristal
Horário: 2ª a sábado: 19:00–04:00
Descanso semanal: Domingo
Reservas: Aceita
Fumadores: Não
Cartões: MB
Estacionamento: Não
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